É novo » 28.12.2011

Teatro: “Vermelho”, Rothko entre a arte e a contemplação| IMAGENS |
«A experiência da pintura de Rothko não se confunde com o quotidiano», sublinha José Pedro Croft. «A peça começa com um excerto de Opus 100, de Schubert, e um disco de Maria João Pires tem uma frase que diz o seguinte: “Os artistas são aqueles que dedicam a sua vida a juntar os pedaços soltos do mundo”. De alguma maneira, são os que ligam o que estava desligado, Isto tem a ver com a religião, com a ideia de religação. Trata-se de uma experiência para a qual precisamos de estar disponíveis. Há um lado de comunhão, mas também de solidão diante das suas pinturas». Rui Mário Gonçalves: «Ele escreveu e pintou muito, sempre em busca de dar à arte a possibilidade de exprimir o sublime. É aí que ela pode cumprir funções semelhantes às das práticas religiosas. Não se trata de dizer se a pintura é religiosa ou não. Mas que existem certos comportamentos a que chamamos religião que têm muito a ver com a arte».

Cinema: Rei Leão 3D, uma lição sobre o ciclo da vida | VÍDEO + IMAGENS |
É a partir duma história que conjuga a riquíssima tradição oral africana e uma evidente matriz cristã que Rei Leão firma a sua marca na história do cinema para a infância, trazendo aos mais novos (como a nós mais velhos), pela mão segura dos realizadores Roger Allers e Rob Minkoff, uma poderosa lição sobre o verdadeiro espírito de liderança e sobre o ciclo da vida… terrena e extra terrena. Poucos são os clássicos da sétima arte que abordam a morte como este aborda, dando-lhe, além de um sentido e um lugar no ciclo natural da vida, uma dimensão que nos convoca desde cedo à transcendência.

É novo » 25.12.2011

O Natal por Bento XVI | IMAGENS |
«O Natal converteu-se hoje numa festa do comércio, cujas luzes ofuscantes escondem o mistério da humildade de Deus, que nos convida à humildade e à simplicidade. Peçamos ao Senhor que nos ajude a atravessar com o olhar as montras deslumbrantes deste tempo até encontrar detrás delas o menino no estábulo de Belém, para assim descobrir a verdadeira alegria e a verdadeira luz.» Da véspera de Natal de 2005 até à celebração concluída há poucas horas na basílica de S. Pedro, no Vaticano, excertos das homilias de Bento XVI nas missas de 24 de dezembro.

Deus escolheu ser pobre
Este homem, que era Deus, quis experimentar viver a nossa vida e morrer a nossa morte. Não chegou envolto em honras e nunca as quis. Preferiu sempre ser simples, tendo apenas o essencial, nada mais. Veio até nós amar-nos e viver connosco. Pediu-nos que fôssemos ao encontro dos nossos semelhantes mais pobres, tal como Ele veio ter connosco.

Natal 2011 anos depois | VÍDEO |

É novo » 24.12.2011

A alegria do Natal
Ficamos demasiado presos aos nossos medos, à nossa autossuficiência, à nossa independência, ao nosso orgulho, às nossas riquezas de pacotilha, em suma a nós mesmos, para ter a audácia da alegria espiritual e nos deixarmos dilatar à medida do dom de Deus. A alegria dilata, a tristeza aprisiona. Para se ser alegre é preciso um certo esquecimento de si, uma perda de si no maravilhamento. Na nossa sociedade de consumo ambiciona-se poder comprar tudo, ter tudo. Nas coisas só se encontra o prazer insaciável e, no limite, o aborrecimento. A alegria, ao contrário, é filha da pobreza, da gratuidade, da ousadia da vida que vive e ri em nós.

O que «o cristianismo trouxe» foi que Deus «é o não-poder»
O homem é uma realidade religiosa. O problema é que essa referência possa aparecer como objeto, como se Deus fosse manipulador ou manipulável.

É novo » 23.12.2011

O Natal dos primeiros cristãos, segundo os Padres da Igreja | IMAGENS |
«Preparemo-nos pois, irmãos, para acolher o natal do Senhor, adornemo-nos com vestes puras e elegantes! Falo, claro está, das vestes da alma, não do corpo… Adornemo-nos não com seda, mas com obras boas! Pois as vestes elegantes ornam o corpo, mas não podem adornar a consciência; pois seria muito vergonhoso trazer sob elegantes vestes elegantes, uma consciência contaminada. Procuremos acima de tudo embelezar os nossos afetos íntimos, e poderemos então vestir belas roupas; lavemos as manchas da alma para usarmos dignamente roupas elegantes!»

Aleluia: poema inédito de Jorge Sousa Braga para os votos de Santo Natal da Pastoral da Cultura
Cada momento, na vida de Jesus, é uma porta que nos abre ao inteiro sentido do Seu e do nosso destino. Por isso, no Natal cantamos Aleluia. E no nosso presente, por incerto e imperfeito que seja, saudamos a emergência e os sinais do tempo de Deus.

É novo » 22.12.2011

Pedro Mexia segue «com muita esperança» passos dados pela Pastoral da Cultura | VÍDEO |
Como promover a relação da Igreja com a cultura? Recorrer a um «diálogo» que não seja apenas uma «junção de monólogos» mas um «dar e receber» e fazer com que a teologia «possa existir autonomamente no campo cultural». «Como católico tenho seguido com muita esperança os passos que têm sido dados» na Pastoral da Cultura. «Estou a sentir, nos últimos anos, o que não tinha sentido antes».

Silêncio de Deus não é necessariamente maldição: cardeal Ravasi sobre o Eclesiastes | IMAGENS |
Qohelet é um sábio, um escriba, um intelectual; despreza a estupidez, por 85 vezes introduz as suas reflexões na primeira pessoa, consciente da originalidade do seu pensamento. Todavia o resultado final do conhecimento é áspero: a grande sabedoria é grande tormento, quem mais sabe mais sofre. O filósofo que acredita guiar o mundo, escreve um comentador, Daniel Lys, não guia senão o vento. O paradoxo da sabedoria é que a sabedoria suprema consiste em saber que a sabedoria é vento quando pretende ser suprema.

Preparar a vinda de Cristo implica tentar todos os dias, cada dia, pôr o Evangelho na vida
Se o Advento não for, concretamente, tempo de preparação da vinda de Cristo, mentimo-nos como cristãos, traímos o anúncio da Boa-Nova. E preparar a vinda de Cristo implica tentar todos os dias, cada dia, pôr o Evangelho na vida.

Presépio de S. Luís faz 25 anos | VÍDEO |
Entre as mais de 10 mil figuras há 14 réplicas de igrejas em miniatura feitas pelas mãos dos artesãos, cópias fiéis dos templos do Vale do Sousa. Numa área de exposição superior a 100m2, retrata-se o Natal e o nascimento de Jesus mas também os tempos mais recentes.

É novo » 21.12.2011

Pastoral da Cultura junta Siza Vieira, Valter Hugo Mãe, Júlio Pomar e Jaime Rocha
O Secretariado da Pastoral da Cultura da diocese do Porto organiza a 6 de janeiro um colóquio que reúne, em duas conversas, o pintor Júlio Pomar e o poeta e dramaturgo Jaime Rocha, o arquiteto Siza Vieira e o escritor Valter Hugo Mãe. O encontro “Ver o invisível, dizer o indizível, que decorre no auditório de Serralves, procura «promover uma reflexão consequente no âmbito do diálogo entre a Fé e a Cultura, nas suas expressões artísticas e literárias».

Igreja, teologia e cultura: elogio dos crentes e não crentes | VÍDEO |
«Dos não crentes recebemos o recentramento do debate», sublinha o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura. Por isso «o discurso teológico tem de ser poroso» e acolher poetas e criadores, e também a dissensão, a heterodoxia e a «pergunta mais radical». O crente, por seu lado, «é uma pergunta», «um património de inquietação» que «habita o desconforto» e «calça as sandálias de peregrino, mesmo quando é velho». Por isso, acrescenta o poeta e biblista, eles deixam uma «herança ao mundo e à cultura».

Um pedagogo da democracia: Retratos e memórias sobre o padre Manuel Antunes | IMAGENS |
É profundamente pertinente, mas mesmo assim aproximativa, a síntese lapidar de Jaime Gama no depoimento mais adiante transcrito; “Era um homem da Companhia de Jesus, mas não era inteiramente da Companhia de Jesus. Era um homem da Igreja, mas não era inteiramente da Igreja. Era um homem da Universidade, mas não era inteiramente da Universidade.” Talvez o Padre Manuel Antunes afinal tenha sido em cada uma dessas dimensões por inteiro, na inteireza de uma pertença sem fissuras, mas à sua maneira, isto é, dialecticamente; ou seja, vivendo por dentro a tensão de todas as fronteiras, reconciliando com vida e saber a identidade e a diferença em todos os patamares da existência, e realizando, na esperança, a aliança dos contrários.

Václav Havel: história de liberdade semelhante a uma obra de arte | IMAGENS |
Havel atravessou a Porta de Ouro e entrou na igreja acompanhado pela mulher Olga, com quem casou em 1964. Antes de entrar na capela de São Venceslau, onde era esperado pelo bispo Jan Lebeda, Havel ajoelhou-se e fez o sinal da cruz diante do túmulo dos reis boémios e das relíquias de Santa Inês, recentemente canonizada por João Paulo II. A seguir, sob a esplêndida e enorme nave gótica, ressoaram as notas do “Te Deum laudamus” de Antonin Dvořák, interpretado pela Filarmónica de Praga.

Canções de Natal portuguesas | ÁUDIO |
O cancioneiro popular português é a matriz da coletânea de canções de Natal reunidas no mais recente CD do Coro Gulbenkian, dirigido pelo maestro Jorge Matta. As harmonizações foram compostas por Lopes Graça, Croner de Vasconcellos, Sampayo Ribeiro e Eurico Carrapatoso, entre outros. O áudio que propomos inclui excertos das faixas “O Menino está dormindo”, “Natal de Elvas”, “José e Maria”, “Natal da Índia portuguesa”, “Natal do anjinho dorminhoco” e “Natal profano III. O meu Menino”.

“Above and below”: entre a morte e a vida | VÍDEO |
Manila, capital das Filipinas, é uma das cidades com mais excesso de população na Terra. Mais de duas mil famílias vivem sobre os mortos no cemitério de Navotas. Os bebés nascem e os mortos são enterrados no mesmo lugar. Permeada pelo catolicismo, a vida continua.

É novo » 20.12.2011

Ricardo Araújo Pereira e Henrique Raposo: humor na Bíblia e pontes entre crentes e não crentes | VÍDEO |
Henrique Raposo e Ricardo Araújo Pereira estiveram presentes esta sexta-feira na apresentação do livro “Pai-nosso que estais na terra”, do padre José Tolentino Mendonça. Se houver «honestidade intelectual» é possível a quem não tem fé encontrar «pontos em comum» com «um homem da fé», afirmou o comentador. Ricardo Araújo Pereira, na sua «qualidade de ateu», leu “A leitura infinita” porque a Bíblia não lhe interessa «enquanto livro religioso mas como pedra fundamental da nossa cultura». E será que a Escritura tem motivos para rir?

Somos a autobiografia de Deus
Quando despontarem as primeiras luzes do Seu cortejo / ainda nos faltará tudo: / o azeite na almotolia, / um alfabeto que descreva com outra firmeza o azul, / formas indivisíveis para este amor, / que só em fragmentos / e numa gramática imprecisa / conseguimos viver.

Elogio à fraternidade: perpetivas de Carvalho da Silva e Maria do Rosário Carneiro em vídeo | VÍDEO |
A primeira sessão de 2011/12 dos “Diálogos na Cidade”, com a presença de Manuel Carvalho da Silva, líder da central sindical CGTP-IN, e Maria do Rosário Carneiro, antiga deputada e docente universitária, está disponível no YouTube. O encontro, dedicado ao tema “Elogio à Fraternidade: uma ousadia?”, decorreu a 22 de novembro em Aveiro, tendo sido encerrado pelo bispo diocesano, D. António Francisco dos Santos.

Cinema: O miúdo da bicicleta | VÍDEO + IMAGENS |
Sob uma composição cinematográfica sensível que dá prioridade à simplicidade e naturalidade técnica, artística e narrativa, Dardenne e Dardenne tocam-nos fundo com esta história de dor, amor, perdão e reconciliação. Um verdadeiro caminho de advento percorrido pelo pequeno Cyril e por todos nós que evocamos o poder redentor do amor e reconhecemos a agressividade como resultado da ausência de afeto, proporcional ao grau de insegurança e vulnerabilidade em que se vive.

É novo » 19.12.2011

Leitura: Deus vem a público – Entrevistas sobre a transcendência
A forma de dizer o nome de Deus foi sempre plural. A pluralidade de olhares surgiu, assim, inevitável ao modo como entendo o meu trabalho. Por isso se reproduzem aqui diferentes palavras e modos diversos de olhar esse mistério insondável a que se chama Deus. E que tanto podem provir de um cristão católico ou protestante, de uma muçulmana ou de um judeu, de um budista ou um não-crente. Como diz o rabi judeu Albert Friedlander: «Acredito que cada ser humano que encontro é, de certo modo, um testemunho de Deus, de que o divino é parte do ser humano, de que a alma humana vem de Deus».

O “Pai-nosso” lido por Pedro Mexia segundo José Tolentino Mendonça | VÍDEO |
O escritor Pedro Mexia apresentou esta sexta-feira o mais recente livro do padre José Tolentino Mendonça, “Pai-nosso que estais na terra”. A análise começou com a abordagem psicanalítica a um «Pai que supera a oposição entre a lei e o desejo», um «caderno de encargos altamente oneroso». A acentuação da vertente comunitária, a primeira introdução do telemóvel num livro de teologia, a tarefa da santificação, o encontro de vontades, a oração pelo pão e pelo sentido, o perdão, o apelo à vigilância e o abismo que pode ser ponte são alguns dos assuntos tratados por Pedro Mexia.

Presépios de norte a sul | VÍDEO + IMAGENS |
«A figuração do presépio pode refletir muito da matriz cultural do artista, da sociedade que o executa, que o procura e divulga», sendo considerado por muitos «um autêntico Evangelho traduzido em todas as línguas do mundo», escreve Gonçalo Cardoso, diretor do Museu de Arte Sacra e Etnologia de Fátima. Apresentamos seguidamente algumas das dezenas de exposições de presépios que decorrem em Portugal.

“Os Apóstolos”: Coro Gregoriano de Lisboa apresenta novo trabalho
O tema enquadra-se dentro da filosofia de ligar o caráter essencialmente litúrgico do canto gregoriano com a vida atual no século XXI na Europa Ocidental e Oriental. Os textos e a respetiva ação litúrgica escolhida, liturgia da Missa e das Horas, permitem reconhecer a influência do testemunho presencial dos que conheceram Cristo e levaram a sua ação aos limites geográficos do que hoje é a Europa, dando origem a uma sociedade civil com valores específicos de comportamento.

Poulenc e Puccini: convite ao recolhimento e reflexão | VÍDEO |
Em tempos de incerteza, talvez possa o Natal despir-se do véu materialista que o recobre e concentrar-se no essencial: no verdadeiro significado da partilha e da união. A possibilidade de ouvir, num mesmo concerto, o «Gloria» de Francis Poulenc (1899-1963) e a «Messa di Gloria» de Giacomo Puccini (1858-1924) ganha outra magnitude na aproximação desta data.

É novo » 18.12.2011

Eduardo Lourenço: A demanda no mundo da incerteza
Provavelmente o que há de mais extraordinário no cristianismo é essa coincidência de uma ideia do divino como omnipotente, como todo poderoso, como nós dizemos, e o facto de que a «ação», de Deus é uma «ação» de ter concebido o homem livre, totalmente livre. Parece-me que Deus é o espaço de liberdade que os homens são capazes de conceber como sendo o espaço da única liberdade que merece esse nome. E não o contrário. O Deus cristão não é um ser que manda, que instaurou uma série de imperativos que os homens têm forçosamente que cumprir. A ideia de Deus, tal como o evangelho no-la mostra, é a ideia de um Deus que está, de uma certa maneira, à mercê daquilo mesmo que ele criou, porque somos livres para o poder recusar.

É novo » 17.12.2011

Pastoral da Cultura destaca «percurso intelectual» e «escritos cristãos» de Eduardo Lourenço, Prémio Pessoa 2011 | VÍDEO |
O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre José Tolentino Mendonça, destacou esta sexta-feira o percurso de Eduardo Lourenço, de 88 anos, que recebeu o Prémio Pessoa 2011. «O percurso intelectual do professor Eduardo Lourenço é no Portugal contemporâneo uma chave indispensável para o conhecimento de nós próprios», afirmou o sacerdote recentemente nomeado consultor do Conselho Pontifício da Cultura.