
Aprender linguagens dos jovens é essencial para a transmissão da fé, considera bispo D. João Lavrador
«A Igreja está obrigada a aprender a linguagem da juventude para poder estar com ela e sintonizar com os seus anseios», considera o bispo D. João Lavrador, membro da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. Em declarações ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, o bispo auxiliar do Porto vincou a necessidade de a Igreja saber transmitir aos jovens, «em linguagem compreensível», os «valores perenes de que é portadora». «É uma tarefa que requer acompanhamento permanente, especialmente agora, que estamos num período importantíssimo de grandes transições e propostas», vincou. O prelado também se pronunciou sobre a 9.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, que se realiza em Fátima a 21 de junho para debater o tema “Culturas Juvenis Emergentes”.
Bienal de Veneza: encontro radioso entre Bíblia e arte contemporânea promovido pela Santa Sé | VÍDEO + IMAGENS |
A arte contemporânea é frequentemente enigmática, renegoceia, não raro, as relações entre o belo e o feio, mas não deixa de constituir uma procura, mesmo que situada, pela revelação de uma certa transcendência. Ainda que esta transcendência não se manifeste no impulso da fé, há justamente um espaço de abertura que trespassa a gestualidade moderna, da música de Stockhausen às coreografias de Pina Bausch ou às telas rasgadas de Lucio Fontana. Ao invés de uma funcionalização litúrgica da arte, as obras apresentadas no pavilhão da Santa Sé na Bienal de Veneza, do fotógrafo checo Josef Koudelka, do pintor americano Lawrence Carrol e do coletivo multimédia italiano Studio Azzurro, configuram o círculo da criação, apresentando a arte contemporânea em diálogo com o mais antigo manifesto de estética, o Livro de Génesis e a sua representação mais perfeita, a humanidade. Veja imagens e um vídeo com algumas das peças em exposição.
Não devemos ter medo da solidariedade, diz papa, que pede comunhão e partilha
«De onde nasce a multiplicação dos pães? A resposta está no convite de Jesus aos discípulos: «Dai vós mesmos…», “dar”, partilhar. O que é que os discípulos partilham? O pouco que têm: cinco pães e dois peixes. Mas são precisamente aqueles pães e aqueles peixes que nas mãos do Senhor tiram a fome a toda a multidão. E são os próprios discípulos, perplexos diante da incapacidade dos seus meios, na pobreza do que podem colocar à disposição, a fazer acomodar as pessoas e a distribuir – confiando-se na palavra de Jesus – os pães e peixes que alimentam a multidão. E isto diz-nos que na igreja, mas também na sociedade, uma palavra chave de que não devemos ter medo é «solidariedade», saber colocar à disposição de Deus o que temos, as nossas humildes capacidades, porque só na partilha, no dom, a nossa vida será fecunda, dará fruto. Solidariedade: uma palavra malvista pelo espírito do mundo.» Homilia do papa Francisco na missa do Corpo de Deus.
Visitação de Maria a Isabel: um Magnificat pleno de alegria, fé e delicadeza | IMAGENS |
Pelo Magnificat podemos deduzir que, como nos grandes contemplativos, Deus desperta em Maria um júbilo indescritível. Esse é um dado válido para confirmar a nossa convicção de que a Mãe não só pertence à estirpe dos contemplativos, mas é a coroa e modelo de todos eles. Maria emerge como uma jovem delicada, com grande sentido de serviço fraterno. É fácil imaginar a situação. Isabel está em gravidez adiantada, com eventuais complicações biológicas devido à idade avançada, e tornou-se meio inútil para os trabalhos domésticos. Zacarias estava mudo, «ferido», psicologicamente. Certamente viviam os dois sozinhos. A Mãe foi, para eles, uma bênção caída do céu.
Papa Francisco: da evangelização à denúncia da Máfia, uma seleção das intervenções na última semana | VÍDEO |
A responsabilidade de todos os católicos numa evangelização que se faz com palavras mas, sobretudo, com o testemunho de vida, o papel dos bispos enquanto pastores que acompanham amorosamente o rebanho, a importância de olhar a missão da Igreja a partir da periferia e o elogio do padre italiano Giuseppe Puglisi, assassinado pela Máfia e que foi proclamado beato no último sábado constituem alguns dos destaques das intervenções do papa Francisco na semana de 20 a 26 de maio.
Onde queres que te preparemos a Eucaristia? Última homilia do Corpo de Deus do cardeal Bergoglio (papa Francisco) em Buenos Aires
O lugar em que o Senhor quer que preparemos a sua Eucaristia é todo o solo da nossa pátria e da nossa cidade, simbolizada nesta praça. Por isso preparamos a Eucaristia caminhando, como sinal de inclusão, abrindo lugar para que entremos todos, desde todas as margens existenciais. Nesta sociedade de tantos lugares fechados, de tantos coutos de poder, de sítios exclusivos e excludentes, queremos preparar para o Senhor uma “sala grande” como esta praça, grande como a nossa cidade, como a nossa pátria e como o mundo inteiro, na qual haja lugar para todos. Porque são assim os banquetes do Senhor. Festa que muitos convidados desprezaram, enche-se de convidados humildes que querem participar com alegria da Ação de Graças do Senhor.
“Epic – O Reino Secreto”: um filme para crianças a refletir na família, escola e paróquia | VÍDEO + IMAGENS |
A presença do sobrenatural e da magia; a apresentação de um elemento perturbador da ordem natural, que constitui o obstáculo a ser vencido; uma motivação – no caso o imaginário, o fascínio pelo desconhecido e pela comprovação de uma lenda, para que a protagonista saia da sua área de conforto, primeiro à descoberta, depois numa missão de valor; a presença de valores, a ecologia, a amizade, a cooperação, a defesa do bem comum, a esperança, entre outros, como sustento do objetivo, fim e estratégias para superar as contrariedades, são alguns dos elementos clássicos aqui manifestados.
— Agenda para hoje —
Musical “Wojtyla”, sobre João Paulo II, estreia no Coliseu do Porto e em Braga, regressando depois a Lisboa
O musical multimédia “Wojtyla”, homenagem ao beato João Paulo II (1920-2005), vai ser apresentado pela primeira vez no Coliseu do Porto, estreando-se depois em Braga e regressando para nova exibição em Lisboa, num total de 15 sessões. O espetáculo de Matilde Trocado intitulado com o apelido do papa polaco foi criado na paróquia de Cascais e teve a estreia absoluta há três anos, a 18 de maio de 2010, data do aniversário do nascimento de João Paulo II. A peça com cerca de 40 intervenientes em palco, entre atores e membros da banda, não pretende ser um relato histórico nem uma biografia mas a evocação de testemunhos de quem se cruzou com João Paulo II, «de vidas que mudaram» e que conheceram «o lado mais divertido» do papa, refere a sinopse do espetáculo.