É novo » 22.1.2014

Esforçai-vos para que a humanidade se sirva da riqueza e não seja governada por ela: mensagem do papa ao Fórum Económico Mundial
O Vaticano divulgou esta terça-feira a mensagem que o papa dirigiu ao presidente executivo do 44.º Fórum Económico Mundial, na qual Francisco apela à coragem dos participantes para mudar o destino dos pobres. As pessoas que trabalham nos campos da política e da economia «têm uma responsabilidade precisa para com os demais, especialmente com os mais frágeis, débeis e vulneráveis», acentua. Para o papa, «é intolerável» que «milhares de pessoas morram a cada dia de fome, apesar das grandes quantidades alimentos disponíveis e, com frequência, simplesmente desperdiçados». Francisco realça a necessidade de «decisões, mecanismos e processos dirigidos para uma melhor distribuição da riqueza, a criação de fontes de emprego e a promoção integral do pobre, que vai mais além de uma simples mentalidade de assistência».

A sobriedade, via privilegiada para a solidariedade
Não poderemos ser solidários se não formos sóbrios; de outro modo, apenas se partilhariam as sobras do máximo das minhas ou das nossas necessidades. Pelo contrário, quem é sóbrio, em todas as coisas se deixa interpelar pela necessidade alheia; considera-a atentamente, encarrega-se dela e, tendo-a por base, decide o que lhe poderá bastar. Não é uma dobragem mesquinha sobre si mesmo; mas, pelo contrário, uma atitude de responsabilidade para com os outros! Por isso, só quem é sóbrio é que também poderá ser solidário. Até onde poderá aventurar-se a solidariedade que nasce da sobriedade? Até dar o seu supérfluo? Ou também além do supérfluo? É aqui que aposta toda a sua força moral e espiritual a verdadeira sobriedade: mesmo indo além do supérfluo! Por isso, estamos diante de uma solidariedade que se torna maior, radical e extrema.

Universidade Católica quer «inspirar o futuro» e «fazer tudo» para estar à altura do presente
Corresponder aos desafios atuais e “inspirar o futuro”, lema que orienta as celebrações do Dia Nacional da Universidade Católica Portuguesa (UCP), que se assinala a 2 de fevereiro, constituem duas das prioridades da instituição. «Temos um pacto com o presente e queremos fazer tudo, mas mesmo tudo, para estar à altura das suas exigências», sublinha a mensagem para a Dia Nacional, que menciona a pressão colocada «pelas dificuldades económicas e sociais» que Portugal atravessa. Referindo-se ao lema do Dia Nacional, a reitora frisa que a UCP quer «habitar a linha da frente» e intensificar os pontos fortes, ao mesmo tempo que investe «igual coragem e ambição em redimensionar o que são hoje os pontos mais frágeis».«Queremos não só fortalecer o diálogo com o presente, mas queremos interpretar, antecipar e garantir as vias do futuro», assinala o mensagem, que apela à corresponsabilidade nessa missão. A sessão solene inclui a atribuição do grau “Honoris Causa” a Roberto Carneiro, Arménio Miranda e Fernando van Zeller Guedes.

Papa sublinha importância da «humildade», «pequenez» e «mansidão» na espiritualidade cristã
O papa Francisco realçou hoje no Vaticano que Deus dirige-se a cada pessoa pelo seu nome, ou seja, conhece-a profundamente, e acentuou a importância da «humildade», «pequenez» e da «mansidão» enquanto favorecedores da espiritualidade cristã. Deus «fala sempre pessoalmente, com os nomes. E escolhe pessoalmente. A narração da criação é uma figura que faz ver isto: é o próprio Senhor que com as suas mãos faz artesanalmente o homem e lhe dá um nome: “Tu chamas-te Adão”. E assim começa essa relação entre Deus e a pessoa», disse o papa, citado pela Rádio Vaticano. O primeiro trecho bíblico proclamado nas missas de hoje, onde se lês que «Deus não vê como o homem: o homem olha às aparências, o Senhor vê o coração», serviu de base à homilia de Francisco.

S. Vicente, diácono e mártir
A espantosa difusão que o culto a S. Vicente alcançou nos séculos anteriores à nossa nacionalidade é evidente. Ora, sucede que os inícios do reino de Portugal, e, em particular, a cidade de Lisboa, estão indissociavelmente ligados ao diácono de Saragoça. Já antes da conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques, temos notícia da existência de basílicas dedicadas ao mártir no que será mais tarde território português. Um documento do ano 830 (seguido de dois outros de cerca de 90S e do ano 911) refere uma igreja dedicada a S. Vicente em Infias, Braga, que poderá remontar ao século VII. Em 972, documentação referente ao mosteiro do Lorvão menciona uma igreja nas imediações de Coimbra; documentos dos anos 970 e 973 aludem a uma Porta de S. Vicente, nos limites das terras de um mosteiro designado “de Bacalusti”, nas margens do rio Douro; em 978 e 1002 refere-se uma igreja de S. Vicente “de Pararia”. O que liga intrinsecamente Lisboa a S. Vicente é a chegada das suas relíquias ocorrida em 1173. A memória de S. Vicente, padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e da diocese do Algarve, é evocada pela Igreja a 22 de janeiro.

O Evangelho das imagens | IMAGENS |
Será permitido ao sábado fazer bem ou fazer mal, salvar a vida ou tirá-la?

Papa Francisco “conhece” cordeiros que vão dar a lã para os pálios dos arcebispos metropolitas
O papa Francisco “conheceu” esta terça-feira no Vaticano os dois cordeiros dos quais se extrairá a lã para confeccionar os pálios dos novos arcebispos metropolitas, continuando uma tradição que ocorre no dia em que a Igreja assinala a memória de Santa Inês. O pálio é uma insígnia litúrgica de honra e jurisdição usada pelo papa e arcebispos metropolitas – estes apenas nas dioceses que pertencem à sua província eclesiástica (em Portugal há três: Braga, Lisboa e Évora). O pálio destinado aos arcebispos metropolitas é uma estola, tecida em lã branca, decorada com seis cruzes negras, que é imposta pelos ombros, deixando faixas pendentes sobre o peito e sobre as costas. A narração dos últimos momentos de Santa Inês, nascida em Roma de pais cristãos, refere que foi morta com golpes de espada na garganta, à semelhança da maneira como se matavam os cordeiros.

A Igreja em Portugal e no mundo: síntese de 21.1.2014

— Agenda para hoje —

Lisboa
Conferência: O retrato de D. Sebastião, de Cristóvão de Morais
Eduardo Lourenço
Museu Nacional de Arte Antiga
18h30
Entrada livre

Carcavelos, Cascais
Conferência: A Esperança
Marcelo Rebelo de Sousa
Igreja paroquial
21h30